05/09/2012

Workshop na FIEP reúne lideranças do Terceiro Setor

O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE) promoveu na terça-feira (04), o I Workshop do Terceiro Setor, com o tema “Como manter e desenvolver uma organização social”. Alinhado aos objetivos do projeto Serviços e Cidadania, de proporcionar qualificação para ONGs do Paraná, o evento foi ministrado pelo jornalista Márcio Nobre Zeppelini, editor da Revista Filantropia, diretor executivo da Zeppelini Editorial e da Diálogo Social Treinamentos. O Instituto GRPCOM participou como apoiador na organização e divulgação do Workshop, que teve também transmissão ao vivo via web, a partir de uma parceria com a Secretaria Estadual para Assuntos Estratégicos (SEAE).
 
Na abertura, a coordenadora do CPCE, Rosane Fontoura, explicou que o evento surgiu de uma necessidade do Núcleo do Terceiro Setor. “As instituições são fortalecidas a partir do momento que abrimos espaço para diálogo, qualificação e por meio de parcerias, como esta com a SEAE, que possibilitou a transmissão para todo o Estado, atingindo um grande número de pessoas”, ressaltou. Clecy Amadori, chefe de gabinete da SEAE, acredita que a gestão do terceiro setor é um desafio, pois a maioria das entidades trabalha com poucos recursos e investimentos. “Notamos essa dificuldade e oferecemos gratuitamente programas de formação como ferramenta de capacitação e compartilhamento de boas práticas. Hoje consolidamos aqui mais uma parceria para disseminar os conceitos de profissionalização do setor”, disse.
 
No total, 170 pessoas de diversas ONGs ligadas ao CPCE e ao Instituto GRPCOM participaram do Workshop, que começou pela manhã e se estendeu durante todo o dia, terminando com um grande espaço para perguntas. Entre os pontos abordados por Márcio Zeppelini durante a apresentação, a ideia de repensar os projetos e atividades desenvolvidos, garantindo que estejam focados na atuação a que a organização se propõe estatutariamente. Afinal, segundo ele, não é mais permitida a informalidade; é preciso crescer para sobreviver e para isso o jeito é inovar e comunicar o que se faz, de forma objetiva, mas com emoção.
 
“As instituições do terceiro setor são empresas, gerenciadas por pessoas que amam a causa e que precisam pensar de maneira estratégica. A única diferença é que o lucro não será dividido entre os sócios é sim reinvestido na própria organização. Para tanto, precisam estar cientes do quão importante é a qualificação”, explicou Zeppelini.
 
A analista de projetos da Associação dos Amigos do HC, Patrícia Ramalho, comentou que participar de eventos com a abordagem do workshop favorece a melhoria contínua das atividades, pois traz a visão de um profissional altamente qualificado que aponta novos caminhos. “É importante o networking, sair da rotina e estar aberto para novas alianças. É olhar estrategicamente para nossas ações”, observou.
 
Além dos representantes de ONGs, participaram também alguns profissionais de áreas correlatas, ou que atuam como consultores ou voluntários no Terceiro Setor e que agora pensam em criar suas próprias instituições. É o caso de Rafael Giuliano, criador do método ApreciATO, que está em fase de composição da equipe e estruturação da organização AprendizATO. “Neste momento é importante absorver muito conteúdo para poder colocá-lo em prática lá na frente. Apesar de muitos anos trabalhando com comunidade, empresas e educação participar de espaços de diálogo e troca de experiência é essencial”, ponderou.
 
Para Rafael Finatti, analista de responsabilidade social do Instituto GRPCOM, temáticas como a apresentada por Zeppelini são atraentes porque ajudam as pessoas a oxigenar o que pensam, servindo como referências para a prática em suas organizações. “A adesão do público, lotando o auditório, demonstra o quanto o profissional do Terceiro Setor está sedento por qualificação. Não deixa de ser mais um indicador. De certa forma, também nos dá confiança para seguir investindo em iniciativas como esta, que visam contribuir com a estruturação do setor de uma maneira geral. O Instituto GRPCOM não tem dúvidas de que a imensa maioria das ONGs não só fazem honestamente bons trabalhos, como também poderiam fazer ainda mais e melhor na medida em que se profissionalizam”, declarou Finatti.
 
 
Com informações da Agência de Notícias do Paraná e da Agência FIEP
Crédito da foto: Mauro Frasson (Agência de Notícias do Paraná)