Na semana passada, o leitor mais assíduo do site do Instituto GRPCOM pôde conferir vários exemplos de serviços terminados, do projeto Serviços e Cidadania. Hoje, mais três trabalhos são anunciados: dois na área de comunicação e um na área de gestão. A explicação para essa movimentação grande está diretamente relacionada com o fim de ano: à exceção daqueles serviços mais demorados, como os de planejamento estratégico, os outros que estavam em andamento começam a ser encerrados com a proximidade do fim de 2011. Com isso, parceiros voluntários e ONGs podem se programar melhor para novos projetos para 2012; é o que prevê Mara Xavier Melnik, presidente da ONG Arte e Alegria, beneficiada pela orientação para elaboração de projetos feita pelo administrador de empresas voluntário João Paulo Schlichting Fernandes:
“Foram feitos alguns contatos e ele (João Paulo) ajudou na verificação e participação em concursos, o que abrirá oportunidade para a continuidade do trabalho. Como não temos estrutura, nos ajuda muito”, diz ela. João Paulo explica que, no começo dos trabalhos, acertaram que ele faria a tradução do material informativo da ONG e enviaria algumas indicações para editais. “Coloquei-me à disposição para uma reunião para analisarmos em conjunto as opções de editais e formatação de projeto e a ONG me passou que quando precisasse iria entrar em contato comigo”, conta ele. “Vejo de forma positiva este trabalho e quero voltar a participar. Entendo como algo que pode contribuir também para o meu desenvolvimento”, analisa.
Experiência válida
Os outros dois serviços, na área de comunicação, não tiveram tanto êxito, mas serviram de aprendizado para ONGs e parceiros. No caso da Escola Especializada Primavera, que solicitou uma campanha de divulgação, o problema maior foi o entendimento das possibilidades do projeto, além da falta de interação com o parceiro. “Consideramos que os trabalhos apresentados foram de qualidade, gerariam uma divulgação maior da entidade, mas não supriram a necessidade daquele momento”, avalia Juleide Vieira Ramon, diretora da ONG.
Para Patricia Piana Presas, professora responsável pela agência experimental de comunicação da FAE Centro Universitário, que assumiu o projeto, houve confusão na solicitação de serviços e a entidade acabou não percebendo a oportunidade de potencializar sua comunicação a partir dos trabalhos oferecidos ao longo de 60 horas pela agência. Ainda assim, a experiência foi positiva para a troca de experiências e o conhecimento dos alunos em relação à realidade da Escola.
“Acredito que tenha sido uma falha de comunicação entre as partes, de maneira pontual. É uma parceria que atende aos interesses de todas as partes envolvidas, desde pequenas entidades que não teriam acesso a certos serviços, assim como oportuniza aos prestadores de serviço de se aproximarem de realidades que nem sempre seriam buscadas se não fosse pela parceria com o IGRPCOM”, afirma Patricia, já se disponibilizando a novos projetos: “Assim que possível, indiquem um novo projeto ou ONG para continuarmos o trabalho”, solicita.
Fotografias não concluídas
Quando o fotógrafo Marcello Fernando Caldin se cadastrou no projeto Serviços e Cidadania, a equipe do Instituto GRPCOM logo se preocupou sobre como encontrar demandas para a oferta de serviços dele. No entanto, por coincidência, na mesma época a ONG D+Eficiente tinha justamente essa mesma demanda: precisava de fotos para ilustrar uma campanha. Ponte estabelecida, o trabalho começou logo – mas de imediato surgiu o problema: a necessidade de autorização para uso de imagem. Isso atrasou o processo, e fez com que Marcello só conseguisse fazer parte das fotografias combinadas.
“No dia 18 de outubro, foi realizado com sucesso o registro fotográfico no Instituto Paranaense de Cegos. Acertamos estender isso também para as atividades físicas dos alunos, que acontecem na praça Oswaldo Cruz, mas devido a atrasos em se conseguir as autorizações de cessão de imagens e de minha agenda profissional demandar o horário da tarde (justo quando são realizadas as atividades físicas), não tive como atender a este registro”, explicou o fotógrafo. Ainda assim, ele viu pontos positivos na experiência: “A entidade compreendeu que todos os registros fotográficos necessitam das respectivas autorizações de cessão de imagens”, resumiu.
Para Regina Nakayama, da D+Eficiente, mesmo com os problemas e o trabalho não concluído em sua totalidade, as fotos tiradas por Marcello servirão para a campanha e para o site. Se os resultados não foram totalmente satisfatórios, por outro lado Regina elogia a proposta do Instituto GRPCOM: “Acho que essa intermediação é muito boa porque fortalece o comprometimento do voluntário com o trabalho a ser realizado, além de balizar as expectativas”.