29/09/2011

Projeto Águas do Amanhã premia alunos

Na noite do dia 27 (terça-feira), o auditório do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, sediou o evento de encerramento e socialização dos resultados do projeto Águas do Amanhã, desenvolvido com o apoio do Instituto GRPCOM. O início das atividades foi marcado pela solenidade de premiação dos alunos e professores que concorreram no concurso cultural “Sede de um mundo melhor”, promovido pelo projeto.
 
A competição estimulou a participação de estudantes de ensino fundamental e médio de escolas públicas e particulares. Eles concorreram com redações, apresentações de slides e reportagens. Os professores disputaram na categoria Transformação Social, apresentando relatos de transformações promovidas por suas atividades em sala de aula acerca do tema “Água e vida no planeta”.
 
Entre as 18 cidades que compõem a bacia do Alto Iguaçu, mais de 600 trabalhos foram inscritos. Os trabalhos premiados são de Campina Grande do Sul e Curitiba.
 
A melhor redação sobre a riqueza do planeta
Destinada para estudantes de 4º e 5º ano do ensino fundamental, a melhor redação foi escrita pelo aluno Gustavo Bandeira Armstrong, orientado pela professora Ivone Simioni Polli, da Escola Municipal Nilce Terezinha Zanetti, em Campina Grande do Sul. Com o título “Água: nossa maior riqueza!”, o texto fala da importância da água para nosso planeta e ainda dá um puxão de orelha nos leitores, dizendo que nem sempre as pessoas se dão conta disso.
 
“Se não cuidar da água, vamos ficar se a nossa maior riqueza” diz Gustavo, depois da premiação, que considerou um momento de alegria e frio na barriga. Na opinião da professora que orientou o trabalho, “a Gazeta do Povo teve papel fundamental para fazer a relação do foi ensinado com a realidade vivida”, afirma Ivone.
  
Apresentação de slides sobre mudanças necessárias
 
Dentre os muitos estudantes de 6º ao 9º ano, o destaque foi para o trabalho enviado por Gabriel dos Santos da Costa, com orientação da professora Ana Regina Ventura, ambos da Escola Municipal Maria Clara Brandão Tesserolli, em Curitiba.
 
Na apresentação, o aluno mostra dados importantes sobre a água do planeta e porção disponível para consumo. A partir das reportagens da Gazeta do Povo, são evidenciados alguns motivos da poluição das águas e diminuição de seu potencial de consumo.
De acordo com Gabriel, com o trabalho foi possível aprender a importância de divulgar esse assunto. “Vi na Gazeta do Povo que estava tudo poluído, então tive que anunciar isso no meu trabalho e comentar na escola”, conta. “Manter o incentivo a trabalhos como esse é sempre gratificante”, afirma a professora Ana Regina.
 
 
 
Uma reportagem repleta de informações
 
Os estudantes do ensino médio também participaram fortemente do concurso cultural na categoria reportagem. A autora da melhor reportagem foi Heloísa Waléria Bajerski que contou com o apoio e orientação da professora Maria de Cássia Araújo e Souza.
 
A jovem, que sonha em ser atriz, estuda no Colégio Estadual Santa Cândida, em Curitiba. Na reportagem intitulada “Rio Belém 100% Curitibano” ela aborda os principais motivos da poluição do rio Belém. Seguindo os padrões de escrita jornalística, Heloísa articulou diversas fontes de informação, citou entrevistas e usou da comunicação para impressionar o leitor.
 
A reportagem ainda extrapolou a rotina de um simples trabalho, pois conseguiu relacionar a realidade vivida pela turma da escola e os moradores das redondezas. A turma da professora Cássia também criou um blog em ocasião do concurso, onde divulgou a atividade de sala de aula.
 
Para Heloísa, a maior aprendizagem obtida foi descobrir o valor da pesquisa e como é possível encontrar muitas informações por meio dela. E para a professora Cássia, orientadora do trabalho, a premiação significa “mostrar que a escola pública é capaz de produzir conhecimento, e conhecimento de qualidade”.
 
Transformação social
 
Muitos professores e professoras se inscreveram no concurso para compartilhar a prática pedagógica que desenvolveram em torno do projeto, visando uma transformação social.  A professora Silmara Aparecida Cardoso da Silva Vaes, da Escola Rural Municipal João Assunção é a premiada nesta categoria.
 
Com o projeto “Você tem sede de quê?”, a professora apresentou às crianças uma visão ampla sobre os diversos problemas da humanidade com a poluição da água. Com isso, ela conseguiu estimular uma consciência nova sobre a água e atitudes voltadas para a proteção e conservação deste bem.
 
“Nunca fui premiada, e esse reconhecimento significa muito para mim”, diz. Além de mobilizar os pequenos em sala de aula, o projeto alcançou a comunidade ao redor da escola, que recebeu orientações e materiais elaborados pelos alunos para incentivar o consumo consciente de água e os cuidados com o ambiente em que se vive.