Especialistas em meteorologia alertam: cenas de destruição como as que se viu recentemente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco, Alagoas e Rio de Janeiro serão cada vez mais frequentes – e catastróficas! – nas próximas décadas. Pior: além das enxurradas e vendavais, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da Organização das Nações Unidas (ONU), aponta para o aumento de cenários com extremos climáticos, como invernos mais rigorosos, mais ondas de calor, maior incidência de ciclones tropicais, períodos de seca mais extensos e mais ressacas no litoral.
Diante disso, âmbitos como a agricultura, o urbanismo e a saúde pública também estarão mais vulneráveis às alterações climáticas. De um lado, a possibilidade de regiões inteiras se tornarem impróprias a determinados cultivos; de outro, uma maior vulnerabilidade a doenças, como a dengue. Além disso, imagens de municípios arrasados por enxurradas e terremotos fazem com que questionemos se a cidade em que moramos está protegida de desastres como esses. Ou seja, as previsões e os cenários traçados pelos meteorologistas, diante do desenfreado aumento da temperatura, têm relação direta com a ação humana no meio ambiente.

Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo