A empresa norueguesa Subsea7, de engenharia submarina, comprou em 2007 uma área de 2,6 mil hectares, pertencente a uma antiga fazenda e com uma localização estratégica para as atividades petrolíferas da Costa Brasileira – e agora para o pré-sal. A aquisição, entre os rios Maciel e Guaraguaçu até a costa, no município de Pontal do Paraná, foi beneficiada com a aprovação das leis do plano diretor e do zoneamento do município, permitindo que algumas áreas tivessem as atividades autorizadas posteriormente, por decreto.
De acordo com a prefeitura de Pontal, a intenção é definir melhor as potencialidades e restrições da Ponta do Poço e região em um novo plano diretor do município, abrindo a possibilidade para mais negócios dos ramos marítimo e portuário – há a previsão para a instalação de um novo terminal portuário e a reativação do estaleiro da italiana Techint. No total, estão previstos quase R$ 4 milhões em arrecadação anual de ISS (Imposto sobre Serviços), além do que será recolhido com o ICMS (Imposto sobre Circulação em Mercadorias) – um aumento médio de quase 20% na arrecadação do município.
O empreendimento, no entanto, ainda não tem licença ambiental (concedida pelo IAP) para funcionar. E ainda enfrenta problemas com a Funai, já que o terreno passa por cima de uma área de reserva indígena. Ou seja, a questão é polêmica. Confira mais detalhes na reportagem de Fabiane Ziolla Mendes, para o jornal Gazeta do Povo.
Crédito da foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo