A Universidade Johns Hopkins divulgou nesta segunda-feira (05), o número de voluntários no mundo em pesquisa realizada em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o Programa de Voluntários das Nações Unidas (UNV, na sigla em inglês). São 140 milhões de pessoas, que mobilizam cerca de U$ 400 bilhões ao ano.
O relatório Estado do Voluntariado no Mundo intenciona promover uma melhor compreensão do voluntariado ao demonstrar sua universalidade, sua abrangência e seu alcance, bem como debater novas tendências para o voluntariado do século XXI.
“Se juntarmos todas essas pessoas para criar o ‘Voluntaristão’, o país do voluntariado, esse seria o nono país mais populoso do mundo, atrás da Rússia, por exemplo. Essa estatística mostra o peso que o voluntariado tem no mundo”, brincou o analista de comunicação do Pnud, Daniel de Castro.
Em mais de 120 páginas, o relatório não cita números consolidados, mas elenca várias experiências e estudos internacionais, concluindo que o voluntariado é “universal e considerável”, presente em todos os países. Estima ainda que a contribuição econômica desses voluntários representa 0,7% do PIB. Nos países desenvolvidos, o trabalho dos voluntários representa 2,7% do PIB.
Segundo Anika Gärtner, coordenadora nacional do VNU, voluntário é aquela “pessoa que ajuda, com conhecimento específico, sem esperar nada em troca”. E que depois, segundo ela, percebe que também sai ganhando nesse processo. “É uma troca, uma ajuda. Você doa seu tempo e conhecimento e recebe muito em troca”, disse Anika.
O voluntariado, segundo o documento, tem impacto importante na prevenção de conflitos violentos e quando há desastres naturais. Há inclusive países, como a China, que tem cerca de 100 milhões de voluntários treinados e prontos para atuar em desastres de grande escala. “Depois de uma tragédia, há uma sensibilização mais forte nas pessoas que quererem se engajar. E muitas pessoas que acabam ajudando nessa situação de tragédia depois continuam (o trabalho voluntário)”, acrescentou a coordenadora.
A base de dados para o relatório foi coletada durante um ano por meio de pesquisas e entrevistas com políticos, autoridades governamentais, agentes internacionais, estudiosos, voluntários e profissionais do desenvolvimento. Mais de 130 países foram analisados, segundo Anika. O Brasil é citado no relatório por sua experiência com mutirões.
Saiba mais sobre o relatório em http://www.pnud.org.br/home/
Fonte: Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife).