*Foto: Jonathan Campos

Em 1995, os pobres eram 39,1% dos paranaenses; em 2008, essa proporção havia caído para 18,7% da população. Já os miseráveis, que eram 17,6% da população paranaense em 1995, em 2008 compunham 5,7% dos paranaenses – uma redução de 68% no índice. Em todo o país, o Ipea estima que 12,1 milhões de brasileiros tenham deixado a miséria, e outros 12,8 milhões tenham passado a viver acima da linha da pobreza nesse período de 14 anos.
O órgão ainda estima que, se o Paraná mantiver as taxas de redução apresentadas entre 2003 e 2008, seria o primeiro estado brasileiro a erradicar a miséria (chamada no estudo de “pobreza extrema”, em que cada pessoa vive com no máximo um quarto de salário mínimo por mês) em 2012, ao lado de Santa Catarina; e, no ano seguinte, também seria o primeiro estado a vencer a “pobreza absoluta” – em que o indivíduo vive com até meio salário mínimo por mês.
Para o professor Gilmar Mendes Lourenço, coordenador do curso de Economia da FAE, é realista pensar em um Paraná sem pobres em um futuro próximo. “As estatísticas do Ipea consideram um bom intervalo e são bastante confiáveis. Ao longo destes anos o país consolidou diversos avanços estruturais”, afirma. A única restrição de Lourenço aos dados é o fato de a pesquisa ter analisado os números até 2008. “Não se levantou o impacto da crise econômica; apesar de, na minha opinião, ela ser incapaz de mudar a tendência, pode ter havido algum recuo nesses índices”, acrescenta.
Quer saber mais? Leia a reportagem completa de Marcio Campos, para o jornal Gazeta do Povo.
No Bom Dia Paraná, da RPC TV, o pesquisador Paulo Delgado, do IPARDES, falou mais sobre a pesquisa divulgada pelo IPEA, e sobre a possibilidade de o Estado acabar com a pobreza extrema até o ano de 2012. Confira o vídeo abaixo.