28/01/2011

O extraordinário poder libertador… do lixo

 
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou nesta terça-feira (25) a lista dos indicados ao Oscar 2011. O filme “Lixo Extraordinário”, uma co-produção anglo-brasileira a respeito do premiado trabalho do artista plástico paulista Vik Muniz, sobre os catadores de um lixão do Rio de Janeiro, concorre ao prêmio de melhor documentário. As chances são tão grandes quanto a importância da causa: mostrar a realidade complicada (para dizer o mínimo) de milhares de brasileiros que vivem do lixo.
 
No blog Giro Sustentável, do Instituto GRPCOM, o trailer do filme e uma reflexão sobre o assunto foram tema do post “O lixo nosso de cada dia”, da última quarta-feira. Clique aqui para acessar.
 
Nesta quinta (27), foi a vez de o Caderno G, do jornal Gazeta do Povo, fazer uma reportagem sobre o filme. A repórter Fabiula Wurmeister conversou com o cineasta brasileiro João Jardim, de férias em Foz do Iguaçu, e registrou a experiência dele na co-direção do documentário, produzido em parceria com cineastas ingleses.  Segundo Jardim, o efeito transformador e surpreendente do tema deixou marcas que devem influenciar seus trabalhos futuros, em especial quando se trata de “dar liberdade à história e garantir uma boa impressão nos expectadores”.
 
Lixo Extraordinário, afinal, é por si só o registro de um trabalho transformador. Vik Muniz usa os materiais do lixão para reconstituir retratos dos próprios catadores, registra de novo com sua câmera o resultado e, desse processo, tira obras espantosas – como as que ilustraram a abertura da novela global Passione.
 
“O documentário mergulha, assim, em cheio na realidade brasileira e em suas mais duras contradições. O faz a partir da experiência de um artista também vindo da periferia – Muniz nasceu na periferia de São Paulo, filho de retirantes nordestinos –, mas que reside e faz sucesso no exterior”, resume a repórter Fabiula. Confira aqui a reportagem completa publicada pela Gazeta do Povo.