Ontem o dia foi repleto de surpresas para cerca de 3,6 mil estudantes e professores de escolas paranaenses que participaram do evento de premiação do concurso cultural promovido pelo projeto Ler e Pensar realizado no Teatro Guaíra, em Curitiba – PR. Em duas edições, uma pela manhã e outra à tarde, as crianças conheceram os autores dos melhores trabalhos inscritos na competição e assistiram à peça de teatro “Pluft, o fantasminha”, de autoria de Maria Clara Machado.
Nem a chuva que caiu durante a chegada das escolas ao local diminuiu a empolgação das crianças. A expectativa tomou conta delas, principalmente daquelas que tiveram a oportunidade de conhecer Curitiba ou pela primeira vez entraram no mais tradicional teatro do estado. “Acho que hoje vai ser muito legal, mas não tenho a mínima ideia do que vai acontecer”, confessou Sara Fernandes Ferreira, 9 anos do 5.º ano da Escola Municipal Marlene Barbosa, do município de Fazenda Rio Grande. E João Vítor Cavalcante, 10 anos, da Escola Atuação, enfatizou: “A história da peça vai ser muito legal por causa do tema escolhido”, explicou.
Premiação
Para entregar os prêmios e troféus aos vencedores do concurso cultural, que este ano adotou o tema “Cultura da Paz”, a equipe do Instituto GRPCOM entrou no clima do evento e subiu ao palco para interpretar os personagens de cada categoria: ilustrador, cartunista, redator e repórter. Aproximadamente 800 trabalhos foram enviados pelas 400 escolas participantes do projeto, que atualmente beneficia 31 municípios no estado.
Para Andrielly Freitas, que fez o papel de ilustradora, participar da premiação das crianças foi uma experiência muito divertida e gratificante. “A minha ansiedade em estar no palco era proporcional à felicidade das crianças, e o nervosismo lá em cima foi compensado pela alegria e sorriso estampado no rosto de todas as crianças que participaram deste dia tão especial”, conta.
“A gente ficou muito feliz quando recebeu a premiação. A gente participa do projeto Ler e Pensar e tanto eu quanto a escola apoiamos porque acreditamos que ele faz bastante diferença na leitura e a formação crítica do cidadão”, afirma Elizabete de Oliveira, professora do Colégio Estadual Flávio Ferreira da Luz, orientadora da reportagem vencedora.
Confira o depoimento dos vencedores:
“Foi uma surpresa ganhar, fiquei bastante feliz, foi uma sensação muito boa. É um prêmio importante pra escola, um prêmio grande, mas pra mim também, meu nome vai ficar marcado”. Erwin Spitzner, do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Flávio Ferreira da Luz, de Curitiba, vencedor na categoria repórter teen.
“Gostei de vir aqui receber o prêmio, não imaginava que ia ganhar. Agora eu to gostando bastante de escrever. Antes eu só escrevia para fazer trabalho da escola, mas agora mudou bastante”. Stephanie Ferreira, 14 anos, da 8ª série da Associação Beneficente Rosanna Cattalini, de Colombo, vencedora na categoria redator júnior.
“Eu fui olhando na outra folhinha dos quadrinhos, fui vendo e fui desenhando… (Do evento) Gostei de tudo!” Lauane de Souza, da 4ª série da Escola Municipal Augusto Staben, de Campina Grande do Sul, vencedora da categoria cartunista mirim.
“Eu desenhei o trânsito, sinaleiros, uma escola, uma rampa, um cadeirante, uma menina empurrando ele… não achava que ia ganhar”. Isadora Borcoski Costa, da 2ª série da Escola Municipal Pedro Gross Filho, de Palmeira, vencedora da categoria ilustrador mirim.
Cultura da paz e coragem
O Teatro Parque da Criança, parceiro do Instituto GRPCOM, participou do evento encenando a peça “Pluft, o fantasminha”. Apresentado há 20 anos, a peça conta a história de um jovem fantasma que tinha medo de gente. Quando surge Maribel, prisioneira de um pirata malvado, Pluft cria coragem para enfrentar o vilão e salvar a sua amiga.
O tema é relacionado à cultura da paz, o mesmo que os estudantes os professores trabalharam em sala de aula para que os alunos pudessem desenvolver os trabalhos para o concurso. Para Bruna de Paula de Oliveira, de 11 anos, da Escola Santa Letícia, além do pirata ser muito divertido, a peça foi o que ela mais gostou: “Porque ela ensina que a maldade não é algo bom”, conta. Por meio do lúdico, certamente a lição ficou na cabeça da criançada que levará para sempre na memória este dia especial.