17/05/2012

E quanto a você, como participa da sociedade?

"A paz que eu não quero seguir admitindo", escreveu Marcelo Yuka na conhecida música "Minha Alma", da banda O Rappa. Dentre outras canções, essa foi uma das polemizadas na Oficina Paz Tem Voz do último dia 16 de maio, no Colégio Estadual Goitlleb Mueller, no bairro Boqueirão, em Curitiba. Mais de 400 alunos debateram questões sociais ao som da banda PROERD e da presença dos voluntários GRPCOM. No bate papo, os estudantes aproveitaram para esclarecer questões polêmicas e, dessa maneira, apontaram dúvidas e reflexões de como ser um cidadão.

Em resposta, os estudantes perceberam que mais do que ter voz, a paz é atitude para solucionar conflitos de uma maneira pacífica. Além disso, os voluntários GRPCOM explicaram que a paz não é a ausência de conflitos, mas a resolução deles de uma forma inteligente. A aluna Manoela, do Ensino Médio, deu como exemplo o Serviço de Emergência 190 e questionou a atuação imediata dos policiais no local: "Mas o que é emergência? Por que o policial deve resolver todos os conflitos, afinal, eu não sou cidadã? Como resolvê-los?"
 
O policial Elieser Durante Filho explicou que o Serviço 190 não deve esconder a responsabilidade do cidadão em ter atitude e posicionamento diante de determinada situação. Afinal, a omissão e acomodação também são tipos de violência. "Constrói-se a cultura de paz por meio da intervenção com responsabilidade de cada um; seja, por exemplo, como estudante, policial, comunicador, vizinho ou filho", afirmou Durante.