25/06/2010

Doenças maternas atingem cada vez mais fetos e recém-nascidos

A Fundação Oswaldo Cruz divulgou nesta semana os resultados da pesquisa ‘Mortes Evitáveis em Menores de 1 ano’, feita em parceria com o Ministério da Saúde e com pesquisadores de universidades de São Paulo, Minas Gerais e Brasília. Apesar da diminuição de quase 60% da taxa de mortalidade infantil nos últimos 20 anos, a pesquisa revelou um aumento preocupante no número de mortes de bebês prematuros no Brasil: um crescimento de aproximadamente 30%, entre 1997 e 2006.

 

O dado mais preocupante é que no mesmo período aumentou em mais de 100% os óbitos de fetos ou recém-nascidos afetados por doenças maternas, como a hipertensão arterial e gestacional e infecções urinárias. Ou seja, há falhas no pré-natal. Segundo avaliação de Deborah Carvalho Malta, do Ministério da Saúde, há evidências de que o número de consultas aumentou; no entanto, isto não estaria sendo suficiente do ponto de vista qualitativo.

 

A pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz teve foco nas chamadas ‘mortes evitáveis’, aquelas que podem ser reduzidas por ações preventivas, como a adequada atenção na gestação e no parto, o combate a diarréias e a subnutrição, o diagnóstico e tratamento de doenças como pneumonia e meningite, e a vacinação. Por causa dessa classificação foi possível descobrir que o maior problema está na qualidade do atendimento pré-natal, apesar do número de consultas ter aumentado entre 2003 e 2008.

 

Como solução, os pesquisadores desenvolveram um CD-ROM com a Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitáveis por Intervenções do Sistema Único de Saúde (SUS), que permite fazer a análise de como está a situação dos municípios. O material foi enviado para as secretarias municipais para que cada prefeitura possa avaliar as áreas que precisam de maior investimento.

Mais informações na reportagem da Agência Estado, publicada pelo jornal Gazeta do Povo.

*Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo