01/09/2022

Com novo curso, Instituto GRPCOM ajuda educadores a semearem o amor pela leitura

Formação EaD Leitura: o mundo além das palavras, oferece conteúdos e ferramentas práticas que podem ser aplicadas em sala de aula em todas as disciplinas 

 

“A literatura, quando é pra valer, inquieta, desacomoda. Ela tem dentro de si, como natureza, o poder de fazer pensar ”. A afirmação da professora Marta Morais da Costa, da Academia Paranaense de Letras, mostra como a leitura abre nosso imaginário para novas percepções de mundo, formando cidadãos críticos. Na vida escolar, o papel dos educadores é igualmente importante para despertar o prazer pela leitura, em diálogo com a literatura e outras áreas do conhecimento. Para ajudá-los nessa função, o Instituto GRPCOM lançou o curso EaDLeitura: o mundo além das palavras”, que oferece uma imersão no tema.

 

O curso é voltado para educadores de todas as disciplinas que desejam desenvolver a interpretação de texto em sala de aula e que sabem como a leitura é importante para o pleno exercício da cidadania. Seu conteúdo abordará os benefícios da leitura, a contextualização da leitura no país, os desafios da formação de leitores na era digital, estratégias para a formação de leitores críticos, literatura e apontará caminhos para o uso da mídia na escola. “Por mais mapas que a geografia use, por mais vídeos que a geografia traga da realidade de um local, sempre ficará um dado ausente que é a imaginação que vai preencher. A literatura é a melhor professora para aprender a imaginar”, acrescenta Marta.

 

Além das estratégias de leitura, serão debatidos os desafios para a formação de leitores na era digital e modos de avaliação, tudo com exemplos práticos de como aplicar o conteúdo e tornar a leitura uma experiência mais prazerosa. O curso ficará disponível na plataforma virtual do IGRPCOM até 24 de outubro. Para participar, basta fazer um cadastro gratuito no projeto Ler e Pensar ou no projeto Televisando. Os participantes terão aulas assíncronas e receberão uma certificação de 40 horas concedida pela Universidade Tuiuti do Paraná.

 

Pesquisas revelam lacunas entre crianças e jovens 

 

Segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF Brasil), publicado em 2018, três em cada dez brasileiros são considerados analfabetos funcionais, ou seja, “têm muita dificuldade para fazer uso da leitura e da escrita e das operações matemáticas em situações da vida cotidiana, como reconhecer informações em um cartaz ou folheto ou ainda fazer operações aritméticas simples com valores de grandeza superior às centenas”. Isso se reflete no nível de leitura literária. 

 

A quinta edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro (IPL), indicou que a porcentagem de leitores no país era de 52% em 2019. De acordo com a pesquisa, os educadores foram apontados como os principais incentivadores do hábito de leitura entre as pessoas que leem e também foram citados como fontes de indicação de livros.

 

Fomento à leitura em todas as áreas do conhecimento

 

O exercício da leitura não é exclusividade das aulas de Língua Portuguesa. Deve ser uma prática de todas as disciplinas que os alunos aprendem nas escolas. Prova disso é que muitas questões de provas como o Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM, têm a interpretação de texto como chave-central para chegar à resposta correta – e isso não só nas perguntas que envolvem as Ciências Humanas. 

 

Consciente de como os educadores podem mudar o cenário da leitura no país, o Instituto GRPCOM e a Gazeta do Povo desenvolveram em 1999 o projeto gratuito Ler e Pensar. Com o propósito de fomentar a leitura, a cidadania e a alfabetização midiática, auxiliando educadores a inseri-las em sala de aula, o projeto já beneficiou milhares de professores e estudantes em mais de 800 cidades de todos os estados do Brasil, nos seus 23 anos de atuação. 

 

A professora Edna Kaminski participou de várias edições do projeto Ler e Pensar e percebeu os benefícios dos cursos em sala de aula e no relacionamento com os pais dos alunos: “Quando saí da secretaria de educação, decidi me atualizar e fiz todos os cursos da plataforma e começaram a fervilhar várias ideias na minha cabeça, abriu minha mente. Com as metodologias, consegui trazer um público que faz falta em sala de aula: os pais. Eu tinha um canal direto com eles, às vezes, eu dava aula e colocava para eles assistirem”.

 

A educadora tem semeado o amor pela leitura em um número crescente de alunos com o apoio das ferramentas apresentadas no projeto.Educação é algo muito sério, quem faz precisa ter a consciência de que é como se estivesse fazendo uma cirurgia. Você está mexendo com a cabeça daquele público, precisa ser cirúrgico. Tive um embasamento teórico que veio de encontro com minha prática. Desde que saí do magistério, tudo mudou e ocorreu uma pandemia para repensarmos a educação. O Brasil precisa repensar a educação, não é só ler o texto e está tudo certo. É pensar no que está por trás daquele texto, qual é seu intuito e a criança vai tomando gosto por isso, os alunos acabam se apaixonando”, ressalta.

 

Vamos juntos construir um país de leitores? Para saber mais sobre o curso Leitura: o mundo além das palavras, clique aqui.