Londrina vai sediar mais uma Semana de Valorização da Vida (SVV). O evento, que é gratuito, terá especialistas discutindo suicídio e falando especialmente de prevenção. Ao todo, serão ministradas seis palestras entre os dias 20 e 22, no auditório do Senac, que fica na Rua Raposo Tavares, 894.
A SVV é promovida pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) – entidade com atuação em todo o Brasil – durante o Setembro Amarelo, mês de reflexões a respeito do suicídio. “Trata-se de uma causa de morte evitável e que está aumentando em nosso país. A prevenção é realizada através da psicoeducação coerente e bem direcionada, assim como do tratamento das causas que levam a este fim”, explica a psiquiatra Amanda Minikowski, uma das palestrantes do evento local.
Nos últimos 40 anos, as taxas de mortalidade por suicídio subiram cerca de 60%, alcançando um milhão de pessoas por ano. No Brasil, esta é a terceira causa de morte entre homens. O psicólogo e professor Fernando Zanluchi vai estar no primeiro dia da SVV e vai falar sobre a infância e a adolescência. Ele lembra que o transtorno depressivo é a principal causa de incapacidade de realização de tarefas diárias entre jovens entre 10 a 19 anos. Praticamente todas as mortes por suicídio são em consequência de depressão ou de algum transtorno mental. “Embora não haja dados estatísticos, estima-se que a incidência do distúrbio atinja cerca de 8 milhões de jovens”, afirma. De acordo com Zanluchi, alguns casos têm a ver com a esfera da identificação sexual, própria da puberdade.
Crianças também podem sentir-se deprimidas, mas dificilmente conseguem expressar isso e nomear suas emoções. Dependem do adulto para dar o significado àquilo que se chama tristeza, ansiedade e angústia. “Crianças tendem a somatizar o sofrimento e queixarem-se de problemas físicos, porque é mais fácil explicar males concretos, orgânicos, do que um de caráter emocional”, comenta o psicólogo.
Em geral, são muitas as origens da depressão em crianças. Luto, separação dos pais, dificuldade de adaptação a situações novas, mudança de escola ou de domicílio, entre outros. Isso pode gerar estresse, desgastar até evoluir a um quadro depressivo.
Confira a programação: