08/05/2023

Você sabe quais são os 7 tipos de desinformação? 

Antes de conhecer as facetas da desinformação, vamos entender melhor porque usar o termo Fake News é considerado incorreto.

É comum escutarmos ou lermos “Fake News” por aí, não é mesmo? O termo realmente é muito utilizado, inclusive na mídia tradicional, já que se popularizou e, de certa forma, passa a mensagem de que determinada informação não é verdadeira. Porém, fazendo uma análise mais profunda, percebemos porque seu uso é não é ideal: se determinado conteúdo é fake (mentiroso, falso) não pode ser News (notícia). Se é fake, é algum outro tipo de desinformação que veremos logo a seguir.

Em 2017, ano em que o termo fake news se popularizou em todo o mundo*, a pesquisadora Claire Wardle e o jornalista Hossein Derakhshan publicaram um relatório pela Universidade de Harvard com o título “Information Disorder”**, ou “desordem da informação”. Nesse relatório, os autores explicavam que não usariam o termo fake news por dois motivos: primeiramente, porque não englobava todos os ruídos da desinformação, e, em segundo lugar, porque vinha sendo usado de forma recorrente e inapropriada por políticos para desqualificar a imprensa livre.

Claire Wardle definiu sete facetas mais comuns em que a desinformação aparece e se propaga. Vamos conhecê-los?

Sátira ou parodia: A intenção do conteúdo satírico é apresentar situações ou informações exageradas ou absurdas com o objetivo de entreter através do humor, do ridículo.   

Conteúdo enganoso: Acontece quando uma informação real é usada de maneira ardilosa, muitas vezes com palavras escolhidas a dedo para sugerir uma interpretação específica e geralmente com o intuito de prejudicar uma pessoa, um grupo social, entre outros  

Conteúdo impostor: Normalmente aparece em imagens, textos, páginas e sites falsos que imitam o conteúdo de fontes confiáveis ou tentam se passar por elas através, principalmente, de elementos visuais. 

Conteúdo fabricado: não tem nenhuma ligação com a realidade e seu objetivo é enganar, causar danos e prejudicar pessoas, grupos e causas específicos. 

Falsa conexão: Acontece quando os elementos ao redor do conteúdo não dão suporte às informações e podem levar à interpretação precipitada e equivocada. Esses elementos podem ser visuais, como fotografias sem ligação com a notícia, ou mesmo textuais, no caso de manchetes chamativas, porém desconexas. 

Falso contexto: Caracteriza-se pelo uso de informações verdadeiras retiradas de seu contexto original com o objetivo de criar confusão. É quando um conteúdo antigo, por exemplo, é publicado ou compartilhado como se fosse atual. 

Conteúdo manipulado:  Pode ser considerado conteúdo manipulado a informação ou imagem verdadeira que é editada com a intenção de enganar. Imagens e vídeos manipulados em softwares de edição avançados podem criar situações falsas a partir de conteúdo verídico, por exemplo. 

FONTE: Claire Wardle (2017) 

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* Em 2017, as menções ao termo fake news na mídia cresceram 365%, segundo a BBC News, gerando sua inclusão no dicionário com o significado de notícia falsa e sensacionalista.
** O relatório pode ser acessado na íntegra pelo endereço:<https://rm.coe.int/informationdisorder14towardaninterdisciplinaryframeworkforresearc/168076277c

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