Nos últimos anos, um termo matemático se tornou comum em nosso dia a dia, especialmente nos ambientes digitais: o algoritmo. 

Mas o que é um Algoritmo? 

De maneira bem simplificada, um algoritmo é um passo a passo para chegar a um resultado ou solução, por exemplo, a receita de um bolo. Em outras palavras, ele segue uma sequência lógica: 

– Problema: Fazer um bolo; 

– Coleta de informações: Definição dos ingredientes; 

– Análise: Modo de preparo; 

– Solução: Bolo. 

Assim, podemos dizer que os algoritmos estão constantemente presentes em nossa vida. 

Pensando no mundo digital, os algoritmos seguem a mesma lógica. Por exemplo, ao buscar “receita de bolo de laranja” no Google (problema), o algoritmo de pesquisa traz várias opções de receita em ordem de relevância. Mas como essa ordem é definida? O algoritmo analisa conteúdos, identifica os mais acessados e com melhores feedbacks (coleta de informações e análise), e oferece essas opções (solução). Isso não garante que a receita mais popular seja a melhor, mas sim a mais relevante segundo o algoritmo. 

Agora como funcionam os algoritmos de recomendação, presentes em nosso feed do Instagram, Reels, TikTok e Youtube? 

– O problema que ele precisa resolver é manter o usuário mais tempo na rede social.  

– As informações do usuário são coletadas: que tipo de conteúdo ele curte, comenta ou fica mais tempo vendo; idade; emprego; sexo; onde vive etc. 

– Ele analisa as informações do usuário, junta com os conteúdos mais relevantes e populares e compara com usuários de perfil parecido. 

– A solução é óbvia, o usuário passa a ter conteúdos compatíveis e de fácil acesso, na hora que ele abre o aplicativo. 

E por que precisamos compreender os algoritmos? 

Para o professor e pesquisador israelense Yuval Noah Harari, o algoritmo “é o conceito mais importante do nosso mundo”. Em seu livro Homo Deus, ele defende que, para compreender melhor nossa vida, devemos entender como os algoritmos funcionam. 

Voltando ao exemplo do bolo, os ingredientes irão definir diretamente o resultado da receita, se forem apenas ingredientes doces, o bolo será muito doce. Assim como nos algoritmos, que o resultado será apresentado com base nos dados presentes no mundo digital. Se consumirmos apenas conteúdos com fofoca, só receberemos conteúdos com fofoca. 

Reconhecer a lógica dos algoritmos nos permite analisar criticamente onde eles estão presentes, consumindo conteúdos de maneira reflexiva e buscando soluções menos óbvias. Sem essa leitura crítica, podemos ser controlados pelos algoritmos, resultando em bolhas de informação, polarização e desinformação. 

Por isso, aqui vão 3 dicas para você não ser controlado pelo algoritmo e fugir do óbvio nas redes sociais: 

– Diversifique seu conteúdo: Não curta, comente e pesquise sempre as mesmas coisas. Busque diversidade de conteúdo. 

– Denuncie conteúdos errados: Se encontrar um conteúdo mentiroso ou difamatório, denuncie em vez de apenas comentar. 

– Leia criticamente: Saiba que os conteúdos indicados são o que você quer ver, mas não necessariamente o melhor ou mais correto. 

Quer saber mais? 

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